quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Desabafo

Estava precisando escrever para meu terapeuta (blog).


Acredito que agora a ficha começou a cair.

Nunca me senti tão vulnerável, não por mim, pois sei me cuidar.

Mas pelas pessoas que tanto amo e que foram pra longe.

Reclamava de andar 30 min de moto para chegar in my home (em meu lar).

Embora agora my house (minha casa) estar mais próxima, my home esta tão longe.

Aproximadamente duas horas de avião e há algumas “verdinhas” que não possuo.

Tantos medos começam a surgir e nenhum deles diz respeito ao meu futuro, que sei estar em minhas mãos.

Agora o anjo foi pra longe, e eu não posso vê-lo quando me der na telha.

Só espero ter deixado marcas fortes o suficiente para que ele lembre de mim para além de um irmão.

Agora as cobranças extras também se foram, mas será que conseguirá encontrar alguém, para exigir, tão eficiente e reclamão quanto eu?rs

Sei que isso teria que acontecer, acredito até que estava preparado para isso, afinal tive uma excelente professora de TGD que me ensinou a correr atrás do que eu quero e resolver meus problemas com minhas próprias mãos.

Todavia me permito derrubar lagrimas de saudade ao relembrar os bons momentos, é uma forma de honrar estes momentos, pois eles me dão força para continuar, sempre.

Amém

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Para A insônia, basta um "releitura"!

Na busca da cura à minha insônia também me fora sugerido ler ou até mesmo reler um livro.

Com isso decidi que reler um bom livro e absorver todos os elementos não percebidos na primeira leitura seria muito mais proveitoso como solução para minha insônia do que ter em mãos um livro novo cujo conteúdo seria para mim desconhecido. E, com isso em mente, pus-me a pensar.


Que livro reler?

Existiam tantos livros na estante, uns mais juvenis, outros de conteúdo mais denso, mais maduros. Uns tão curtos quanto o prazer de uma noite com quem não se ama. Outros medianos como a duração de uma amizade colorida. E ainda existiam alguns poucos tão longos quanto as trilogias mais vendidas.

Resolvi deixar as duas primeiras categorias de lado, afinal minha alma buscava algo profundo, não deveria escolher qualquer livro para me acompanhar nas noites de insônia. Deveria ser um livro especial, que conseguisse prender minha atenção. Que ao descobrir os mistérios nele inseridos, me fosse permitido entender um pouco mais de mim. O livro tinha que ser parecido comigo, tinha que falar de coisas que gosto e apresentar caminhos ainda não percebidos por mim. Tinha que ser denso, ter conteúdo. Tinha que falar de princípios; de ética. Tinha que possuir uma mocinha e um vilão com potencial para se transformar em um príncipe de cavalo branco. Tinha que possuir lágrimas, afinal a vida não é um conglomerado de dias feliz. Tinha que possui doçura e romantismo pra balancear minha praticidade. Enfim, deveria ser um livro que possuísse o dom de chegar a um local restrito em mim, onde haviam guardas de prontidão e muros altos protegendo, o lugar, que há algum tempo apenas acumulava pó e teias de aranha.

Olhei fixamente à parte da estante onde estavam a terceira categoria de livros. Vi uns que eu lera e que eram muito bons, mas que não tinham alcançado o objetivo. E olhei um em especial, o único da estante que não estava coberto de pó. Era o livro que há três semanas eu terminara de ler, o último que eu lera.

Percebi o quanto não tinha compreendido aquele livro, e embora ele trouxesse tudo aquilo que eu queria e necessitava, eu não me dediquei em sua leitura, li superficialmente, não entrei em suas metáforas, analogias ou parábolas, não penetrei seus mistérios de alma pura. Em suma, não fui o leitor que aquele livro merecia. Estava em débito com aquele livro. E ao mesmo tempo em que me sentia em débito com o livro, sentia que ele era o único capaz de chegar naquele local de guardas, muros e teias de aranha.

Peguei-o na estante disposto a rele-lo, todavia ele não quis abrir. Esquecera que àquele, era um livro raro, com vontade própria e sentimentos magoados. Então eu deveria fazer muito mais do que demonstrar ao livro que desejava reler suas páginas. Afinal de contas era natural que ele não quisesse aquele mesmo leitor displicente de um outrora recente. Tive que demonstrar que meus objetivos eram outros, que minhas disposições eram diferentes das que ele conheceu e depois de um longo diálogo,me fora permitido, pelo livro, que eu fosse leitor, apenas de suas primeiras páginas.

“Mas e o resto do livro?”, você deve estar se perguntando.

O restante do livro será fruto de novas conquistas.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Insonia (27/07/2010)

Me fora sugerido escrever para fugir das noites de insônia que vêm me atormentado nos últimos dias.
Só fora esquecido de me falar sobre o que devo escrever.
Lembro-me que na escola nunca me dei bem quando o assunto da redação era o famoso “tema livre”.
Talvez isso se dê por eu não saber exatamente o que significa a expressão “ser livre”.
Em toda a minha vida sempre tive alguém que me desse um norte para o qual olhar.
Sempre que me fora permitido escolher
Estive limitado a escolher entre escolhas.
E me sentia perdido quando o “sempre” não acontecia.
Acostumei-me a ter um leque de possibilidades.
E o atual momento,
onde não consigo ler quais seriam estas possibilidades,
me deixa assustado... perdido.
Devido as condicionalidades a que sempre estiveram orientadas as minhas decisões,
creio ser natural essa sensação de vazio que experimento
quando não visualizo “opções”,
quando o norte apontado é uma visão infinita em 360º.

Pretendia não parecer fatalista,
mas afinal esta é uma noite de insônia.
Não estaria aqui, no inicio da madrugada,
escutando músicas um tanto melancólicas
acompanhado por pernilongos que, (risos)
literalmente querem meu sangue
e escrevendo coisas sem sentido para você
(e se facilitar sem sentido até mesmo para mim)
Mas esta é uma noite de insônia
Não de sonhos, não de sono tranqüilo, não de descanso
Mas uma noite de insônia com a cama vazia
Cujo seu “habitante”, longe dela, escreve,
Sobre qualquer coisa,
Seguindo conselhos de uma fiel amiga,
Que esquecera de aconselhar um tema.

Os próximos minutos que orientados pelo relógio,
que não pára,
são tão previsíveis...
O ser que possuí este conjunto desordenado de pensamentos desconexos.
Irá esgueirar-se até a cama que se encontra vazia
E por mais alguns minutos, que parecerão horas,
Buscará, em vão, descortinar-se do cérebro ativo e dormir.
E quando desistir das inúmeras tentativas de desligar-se, terá uma grata surpresa,
será manhã!

Pensamentos (25/07/2010)

Vai ver que é assim mesmo
Não pra sempre, como dizia Renato Russo.
Mas, por agora, me parece que será assim mesmo.
Este conjunto desordenado de acontecimentos desarmônicos a qual chamamos dia.
Aceitar as coisas como foram decididas
Submeter-se aos resultados de nossas escolhas
Embora difícil é necessário.
E isso...
Deve ser constatado
Fugindo da melancolia
Entrando no campo da resignação.

Pois como dizia
Parece que a vida é isso mesmo.
Este conglomerado de fatos que não temos controle.
E quando temos, acredito que,
pelo fato de não estarmos acostumados a decidir,
tomamos posições sobre as quais
o fantasma da incerteza teima em fazer-se presente
principalmente durante as noites, quando o sono demora em chegar
e me demoro a dormir.
Tenho certeza, sei que é o certo [...]
– mas e se [...]
Ok Ok, pode ser, mas sei que é isso que deve ser feito[...]
– mas e se [...]
Mas “e se” não sei! não quero saber!
Não quero me dar o luxo de jogar isso outra vez pela janela
De fazer chorar mais uma pessoa importante
De fazer sofrer outro inocente.
“Mas e se” não pode resolver ou solucionar nada.

Tudo é como é! E como está deve permanecer.
Não sei quando fui tomando por esse espírito conservador,
Mas sobre este caso. Um conservador estou.
E no mais, bola pra frente, 
É estranho, mas alguma coisa me falta pra isso.
Descobrir o que é, será minha nova tarefa.
Talvez tenha cometido um grande erro.
Ou talvez não.
Não te enlouquecem como as coisas aparecem como possibilidades cartesianas?
Sim e não, certo e errado, a mocinha e o bandido, a inocente e o vilão?
A mim, muito incomoda. Porém deveria não incomodar
Pois, creio ser o mais fiel seguidor deste modo cartesiano de enxergar a vida.. 
Afinal a vida parece ser, ao menos para mim,
este conjunto desordenado de fatos desarmônicos,
aos quais teimamos em dar um sentido valorativo,
ao invés de apenas viver, escolher, agir e seguir.
Sem “e se”, sem “quem sabe se”, sem “mas”
“Carpie Diem” é tão difícil,
uma filosofia que não parece ser de fácil execução para nós mortais.
Todavia, sou tão jovem e possuo uma vida inteira pela frente para introjetar filosofias.
E no mais, apresento o ser, com o conjunto mais desordenado de pensamentos desarmônicos: eu. 

Motivos (Julho/2010)

Durante muito tempo fui contrário a idéia de montar um blog,
colocava a culpa no tempo, o qual eu não dispunha, ou acreditava não dispor.
Todavia o que fazemos da meia noite as 6 hs?
Quando momentos de insonia passam a visitar suas noites você pode aproveitar de forma construtiva, é o que estou fazendo.
Este blog é um pedaço de mim, um lado que muitos não conhecem e outros admiram.
É o local onde a escrita será a terapeuta que não precisará guardar sigílo profissional.
Sem mascaras, transparente, verdadeiro.
Aqui você encontra coisas que tento esconder, sentimentos que tento suprimir, bem como alegrias que quero compartilhar e deixar gravadas em algum lugar.
A dinâmica é simples, a princípio foram colocados textos há muito escritos, com suas respectivas datas para que o conteúdo neles presente não seja atribuído a um atual estado de humor meu.
Apartir daqui tem-se publicações atualizadas tal como estou (no dia da postagem) diga-se de passagem.
Então seja bem vindo à minha terapia.
E de início me apresento:
Sou o homem com o conjunto mais desordenado de pensamentos desconexos.
Welcome!

Céu, Sol, Sul (Jan/2010)

O céu azul ...
O belo canto dos pássaros...
No rádio... uma canção conhecida
À frente.. uma paisagem que remete à infância
Existem pequenas alterações, é verdade,
Mas há uma sensação de “estou em casa” tão grande.

É certo que este “estou em casa” não traz somente boas recordações.
Porém, para que mexer em mágoas passadas?
Se ao menos elas movessem moinhos ...

Já as boas lembranças, estas sim são boas de se rememorar.
Os amigos, os rosto conhecidos, alterados pelo tempo,
mas ainda assim, conhecidos.
As casas que, embora tenham mudado as cores,
ainda possuem as mesmas estruturas.
As flores, as árvores e os pássaros
que ainda não se cansaram de nos presentear com suas belas e suaves melodias.
Mas de tudo isso o que mais me inspira é o céu,
Ahhhh.... o céu,
que saudade deste céu...
Tão azul e tão limpo que as próprias nuvens,
que poderiam tirar sua beleza,
parecem, com suas cores alvas, fazer uma só figura com este azul,
o mais belo e lindo azul.
Talvez se fosse uma pintura de Rembrandt
Não sairia tão perfeito.

Ahh.........
Está tudo tão igual e tão diferente.
Um diferente-igual poder-se-ia dizer.
No fim, estou satisfeito por aqui estar novamente.
Recordando, rememorando, relembrando, e de certa forma, revivendo.
Afinal, está tudo igual e diferente.

Papo Interno (Dez/2009)

Pensei em escrever
Sobre o que?
Amor?
Não!
É, tem razão, brega de mais. Amizade?
Também não.Abrangente de mais.
Então sobre o que?
Sei lá
Pensa aí...
Hammmmm... Não sei!
Difícil escrever sem inspiração.
Então inspire-se!
Como?
Sei lá... é você que quer escrever.
Ah! Desisto!
Mas já?
Pois é, to meio sem saco.
Pq?
Pq estou um tanto sozinho.
Que mais?
Acho que só.
Então por que não fala de solidão?
Porque dói.
Entendi! Então sentir-se só traz dor?
Sim... Alguma.
Hummm... Ouvi falar uma vez que a dor faz crescer, é verdade?
Some times. Depende da pessoa e do momento.
Complexo isso.
Pois é! Melhor deixar pra lá essa história de escrever.
Quem sabe outro dia?
É uma boa idéia... Então... Até mais.
Até mais
Espere! Qual seu nome mesmo?...
Inspiração...