sexta-feira, 30 de julho de 2010

Confissões (Agosto/2009)

Era noite...
As tarefas estavam terminadas
As portas estavam trancadas
E as esperanças renovadas.
As nuvens carregadas
não permitiam que lua e as estrelas
dessem o ar da graça.
Mas o céu estava vestido de uma magia contagiante.
O ar fresco enchia os pulmões juvenis
Inspirado pela cena noturna um jovem abria uma garrafa de vinho
O cálice estava cheio do liquido bordô
Uma doce e leve música brota do interior da residência
Os olhos do jovem observam a taça como quem observa a uma bela dama
Eis que ele toma em suas mãos o utensílio de cristal e,
sorve vagarosamente o liquido representante da vida.
Idéias começam a surgir em sua mente
Sentia necessidade de descrever aquele momento em breves linhas.
A vida parecia tão descomplicada naquele momento
Ele tinha que gravar isso de alguma forma.
“Faça uma poesia” - pensou.
“Mas, falarei sobre o que?” - indagou.
Sua mente de pronto respondeu:
“Qualquer coisa que expresse o que você esteja sentindo.
Não é assim que surgem as mais belas poesias? Dos sentimentos do poeta?”
Então o rapaz decidiu falar de paz, da alegria, satisfação ...
Contar que não tinha pressa
Mas que procurava alguém para seu coração
Queria confessar que aprendera a importância do tempo
Que as alegrias confessionais de seus amigos tornam-se parte si mesmo.

Eram tantas coisas a serem transcritas...
Resolveu que deveria tentar sintetizar ao máximo.
Foi então que, como mágica, um único termo veio em sua mente.
Este termo conseguia explicar as dores que se transformam em aprendizados,
As experiências que se elevam à sabedoria.
A amigos que se tornam parte de nós.
Amores que nos levam a ser altruístas
Desmoronamentos que nos levam ao chão.
A jornada que segue depois do desmoronamento e nos faz levantar.
Os problemas que nos fazem assumir responsabilidades.
Enfim, conseguia definir todas as mazelas e dádivas vividas pelos homens.
E ali,
em frente ao cálice já vazio,
Ele transcreve num pequeno pedaço de papel
Algo que conseguia sintetizar tudo isso.
Uma única palavra,
Para ser mais exato,
um verbo.
Viver!

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