Dias se passaram em que me senti fraco
Como um navegante que perdeu seu barco
Ou então, que sem bússola,
perdeu a direção para onde ir.
Observei que conceitos que tinha como certo, estavam errados
Que esperanças e sonhos foram sufocados e encerrados.
Que ao invés de ser uno como pensava... sou múltiplo.
Sou composto por personagens que atuam na cena social
Em certos momentos sou o completo racional
Noutros, o ramântico movido pelo emocional
Em alguns círculos pareço irresponsável
Noutros, um homem raro e admirável.
É dito popular que a vida da voltas.
E em um momento incomum,
algo é subtraído do meu social
e os personagens se perdem,
se misturam,
confundem-se.
Aflições passam a existir
e fujo do que considero meu centro.
O que acontecia comigo?
Seria eu uma fraude?
Eis que a vida volta a mostrar sua magia.
Eis que lembro que a poesia prevalece
e, que amigos são belos presentes de Deus.
A cortina das dúvidas desaparece.
Encontro meu caminho...
traço rotas,
volto a fazer planos.
Não mais me arrependo dos erros, mas de suas consequências
Não obstante, procuro utilizar da sabedoria apreendida com consciência.
Seria essa a tão sonhada amadurecência?
Quem sabe seja agora, e no amanhã... não mais.
Apenas sei que redescobri das coisas que sou capaz
Hoje a possibilidade de escuridão não mais intimida meu coração,
Que livre para amar e sentir,
fazer-me chorar e sorrir,
reconheceu que Quintana estava certo,
que devo manter meu jardim aberto,
limpo e bem cuidado,
para que um dia
a borboleta certa possa pousar
e por aqui, decida finalmente ficar.
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